domingo, 1 de abril de 2012

A História Oficial de 1964


Olavo de Carvalho
O Globo, 19 de janeiro de 1999


Se houve na história da América Latina um episódio sui generis, foi a Revolução de Março (ou, se quiserem, o golpe de abril) de 1964. Numa década em que guerrilhas e atentados espoucavam por toda parte, seqüestros e bombas eram parte do cotidiano e a ascensão do comunismo parecia irresistível, o maior esquema revolucionário já montado pela esquerda neste continente foi desmantelado da noite para o dia e sem qualquer derramamento de sangue.

O fato é tanto mais inusitado quando se considera que os comunistas estavam fortemente encravados na administração federal, que o presidente da República apoiava ostensivamente a rebelião esquerdista no Exército e que em janeiro daquele ano Luís Carlos Prestes, após relatar à alta liderança soviética o estado de coisas no Brasil, voltara de Moscou com autorização para desencadear – por fim! – a guerra civil no campo. Mais ainda, a extrema direita civil, chefiada pelos governadores Adhemar de Barros, de São Paulo, e Carlos Lacerda, da Guanabara, tinha montado um imenso esquema paramilitar mais ou menos clandestino, que totalizava não menos de 30 mil homens armados de helicópteros, bazucas e metralhadoras e dispostos a opor à ousadia comunista uma reação violenta. Tudo estava, enfim, preparado para um formidável banho de sangue.

Na noite de 31 de março para 1o. de abril, uma mobilização militar meio improvisada bloqueou as ruas, pôs a liderança esquerdista para correr e instaurou um novo regime num país de dimensões continentais – sem que houvesse, na gigantesca operação, mais que duas vítimas: um estudante baleado na perna acidentalmente por um colega e o líder comunista Gregório Bezerra, severamente maltratado por um grupo de soldados no Recife. As lideranças esquerdistas, que até a véspera se gabavam de seu respaldo militar, fugiram em debandada para dentro das embaixadas, enquanto a extrema-direita civil, que acreditava ter chegado sua vez de mandar no país, foi cuidadosamente imobilizada pelo governo militar e acabou por desaparecer do cenário político.

Qualquer pessoa no pleno uso da razão percebe que houve aí um fenômeno estranhíssimo, que requer investigação. No entanto, a bibliografia sobre o período, sendo de natureza predominantemente revanchista e incriminatória, acaba por dissolver a originalidade do episódio numa sopa reducionista onde tudo se resume aos lugares-comuns da "violência" e da "repressão", incumbidos de caracterizar magicamente uma etapa da história onde o sangue e a maldade apareceram bem menos do que seria normal esperar naquelas circunstâncias.

Os trezentos esquerdistas mortos após o endurecimento repressivo com que os militares responderam à reação terrorista da esquerda, em 1968, representam uma taxa de violência bem modesta para um país que ultrapassava a centena de milhões de habitantes, principalmente quando comparada aos 17 mil dissidentes assassinados pelo regime cubano numa população quinze vezes menor. Com mais nitidez ainda, na nossa escala demográfica, os dois mil prisioneiros políticos que chegaram a habitar os nossos cárceres foram rigorosamente um nada, em comparação com os cem mil que abarrotavam as cadeias daquela ilhota do Caribe. E é ridículo supor que, na época, a alternativa ao golpe militar fosse a normalidade democrática. Essa alternativa simplesmente não existia: a revolução destinada a implantar aqui um regime de tipo fidelista com o apoio do governo soviético e da Conferência Tricontinental de Havana já ia bem adiantada. Longe de se caracterizar pela crueldade repressiva, a resposta militar brasileira, seja em comparação com os demais golpes de direita na América Latina seja com a repressão cubana, se destacou pela brandura de sua conduta e por sua habilidade de contornar com o mínimo de violência uma das situações mais explosivas já verificadas na história deste continente.

No entanto, a historiografia oficial – repetida ad nauseam pelos livros didáticos, pela TV e pelos jornais – consagrou uma visão invertida e caricatural dos acontecimentos, enfatizando até à demência os feitos singulares de violência e omitindo sistematicamente os números comparativos que mostrariam – sem abrandar, é claro, a sua feiúra moral – a sua perfeita inocuidade histórica.

Por uma coincidência das mais irônicas, foi a própria brandura do governo militar que permitiu a entronização da mentira esquerdista como história oficial. Inutilizada para qualquer ação armada, a esquerda se refugiou nas universidades, nos jornais e no movimento editorial, instalando aí sua principal trincheira. O governo, influenciado pela teoria golberiniana da "panela de pressão", que afirmava a necessidade de uma válvula de escape para o ressentimento esquerdista, jamais fez o mínimo esforço para desafiar a hegemonia da esquerda nos meios intelectuais, considerados militarmente inofensivos numa época em que o governo ainda não tomara conhecimento da estratégia gramsciana e não imaginava ações esquerdistas senão de natureza inssurrecional, leninista. Deixados à vontade no seu feudo intelectual, os derrotados de 1964 obtiveram assim uma vingança literária, monopolizando a indústria das interpretações do fato consumado. E, quando a ditadura se desfez por mero cansaço, a esquerda, intoxicada de Gramsci, já tinha tomado consciência das vantagens políticas da hegemonia cultural, e apegou-se com redobrada sanha ao seu monopólio do passado histórico. É por isso que a literatura sobre o regime militar, em vez de se tornar mais serena e objetiva com a passagem dos anos, tanto mais assume o tom de polêmica e denúncia quanto mais os fatos se tornam distantes e os personagens desaparecem nas brumas do tempo.

Mais irônico ainda é que o ódio não se atenue nem mesmo hoje em dia, quando a esquerda, levada pelas mudanças do cenário mundial, já vem se transformando rapidamente naquilo mesmo que os militares brasileiros desejavam que ela fosse: uma esquerda socialdemocrática parlamentar, à européia, desprovida de ambições revolucionárias de estilo cubano. O discurso da esquerda atual coincide, em gênero, número e grau, com o tipo de oposição que, na época, era não somente consentido como incentivado pelos militares, que viam na militância socialdemocrática uma alternativa saudável para a violência revolucionária.

Durante toda a história da esquerda mundial, os comunistas votaram a seus concorrentes, os socialdemocratas, um ódio muito mais profundo do que aos liberais e capitalistas. Mas o tempo deu ao "renegado Kautsky" a vitória sobre a truculência leninista. E, se os nossos militares tudo fizeram justamente para apressar essa vitória, por que continuar a considerá-los fantasmas de um passado tenebroso, em vez de reconhecer neles os precursores de um tempo que é melhor para todos, inclusive para as esquerdas?

Para completar, muita gente na própria esquerda já admitiu não apenas o caráter maligno e suicidário da reação guerrilheira, mas a contribuição positiva do regime militar à consolidação de uma economia voltada predominantemente para o mercado interno – uma condição básica da soberania nacional. Tendo em vista o preço modesto que esta nação pagou, em vidas humanas, para a eliminação daquele mal e a conquista deste bem, não estaria na hora de repensar a Revolução de 1964 e remover a pesada crosta de slogans pejorativos que ainda encobre a sua realidade histórica?

sábado, 25 de fevereiro de 2012

BOCEJO


Tanja Krämer

Estou com raiva de mim mesma. Quero dizer, do dáimon. Ele tem me perturbado: "Escreve sobre o carnaval! Escreve, escreve, escreve!" Não consigo nem dormir.

O que você quer saber, dáimon? Vou ser sincera. Não consigo entender essa festa. Pelo menos aqui no Rio. A única diferença do carnaval para o resto do ano é o aglomerado de pessoas. As pessoas se comportam o ano inteiro mais ou menos desse jeito.

Ok, vamos enfatizar o "mais". Veja o que ocorreu semana passada no meu trabalho. Fizeram uma eleição da melhor fantasia. (A minha era de mera funcionária.) Uma das garotas resolveu se fantasiar de periguete. Ao menos foi o que entendi da roupa. Ela estava com um vestido vermelho bem justo, do tipo que se peidar rasga tudo. E tinha uma área equivalente a um lencinho. A garota calçava um par de luvas longas, vermelhas. Estava de salto alto. A novata do RH tentou se assanhar também. Foi com um shortinho preto e saltinho. Na hora lembrei de quando fui a uma festa a fantasia como odalisca. Perto delas, eu teria parecido a Viúva Perpétua. Mas conta ao meu favor eu não ter me vestido assim em ambiente de trabalho. Calhou que quem venceu foi um cara vestido de mulher. Gostei de ver as duas sendo derrotadas. Nem foi só por despeito. Refletindo na hora, pensei na palhaçada de tudo aquilo. Não me refiro à palhaçada da fantasia. Digo do problema de se esparramar vaidade. Quando alguém se veste com um lencinho, quer passar a sensação de ser uma maravilha. "Olhem para mim, vejam com sou especial!" Deixar os carinhas embasbacados é uma forma de provocar admiração. Você se torna o centro das atenções. É a mais desejada. Influenciar tanto a todos faz com que você se sinta mais viva. No caso da (fantasiada de) periguete, o negócio foi tão brabo que até uma magrinha sapatona ficou toda ouriçada. Para mim, nada daquilo tinha graça, e não só porque não sou sapatona. Tanta vaidade me aborrece. Daí que por mais que eu considere normal a reação imbecilizada dos caras (e até da magrinha sapatona), no fundo não sei como ninguém boceja diante de coisas assim.

Sono é o que sucede à bronca quando penso no carnaval. Ele me enche o saco por todas as mais óbvias razões. (Nessa época, acho mais fácil amar a Deus com todas as minhas forças e com todo o meu entendimento do que amar ao próximo mijão bêbado desbocado como a mim mesma.) Agora, o exercício abnegado de vaidade atinge um nível tal que me dá sono. No passado, todo mundo sabia que era a festa do burro. Era a época invertida. As pessoas sabiam que durante um período o ridículo tomava conta. Terminando o período, tudo voltava ao normal. Hoje não é mais assim. As pessoas levam a sério a farsa. Algumas até choram orgulhosas após sambarem por mais de uma hora. A vontade de chorar pode ser é sincera, mas não o choro. É uma baita forçação! No fundo, qualquer um (ou pelo menos a maior parte das pessoas) sabe que se exibir com um tapa-sexo por cerca de uma hora não é lá motivo de orgulho, muito menos de profunda realização pessoal. Por mais que a gente viva numa era carnavalesca (a reviravolta dos valores nada mais é que um carnaval sem fim), existe ainda algum rastro de senso da medida. Existe ainda uma diferença entre sinceridade e afetação. Uma coisa é a manifestação de alegria, outra é querer aparecer. Às vezes manifestar alegria pode parecer ridículo, mas querer aparecer sempre o é. Mas querer ser admirado no instante em que se é ridículo é a apoteose da babaquice, e não por acaso o final do Sambódromo é chamado de Praça da Apoteose. Considerando as coisas assim, pelo menos em mim cessa a bronca e advém o bocejo. É babaquice demais.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

História à moda soviética


Por Bruno Pontes
Meu artigo no jornal O Estado

O domínio da esquerda sobre o discurso e a prática política no Brasil jamais será compreendido sem o conhecimento da tática de Antonio Gramsci, o formulador da estratégia da ocupação dos espaços, na qual a revolução seria feita não pelas armas, mas pela infiltração lenta e gradual do programa partidário na cultura, nos meios de difusão de informação, como escolas, sindicatos, igrejas, imprensa, universidade etc.

Aos responsáveis por difundir a ideologia revolucionária Gramsci dá o nome de intelectuais orgânicos, que nós poderíamos chamar, para simplificar, de formadores de opinião. Sabe aquele professor de história que diz que o socialismo é a coisa mais linda do mundo e te manda votar no PT? Mesmo que não saiba conjugar sujeito e predicado, é um intelectual orgânico. E aquele professor de geografia que ensina que lucrar é pecado e que os empresários são ladrões? É outro safado mentindo em nome da causa.

A Folha de S. Paulo de ontem trouxe mais uma denúncia desse crime intelectual: “Livros aprovados pelo MEC criticam FHC e elogiam Lula”. O livro História e Vida Integrada, por exemplo, condena as privatizações e cita denúncias de compra de votos para a aprovação da emenda que permitiu a reeleição do tucano. Já Lula "inovou no estilo de governar" ao criar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, e o mensalão é citado ligeiramente junto com uma série de dados positivos do mandato petista.

No livro História em Documentos somos informados de que a eleição de FHC foi resultado do sucesso do Plano Real, "mas decorreu também da aliança do presidente com políticos conservadores das elites". O PT, por outro lado, apenas fez "concessões" ao firmar "alianças com partidos adversários". Já aprendi a lição: o Fernando Henrique é malvado e o Lula é pragmático!

É para isso que você paga impostos: para que a história seja reescrita à moda soviética e perpetue um partido no poder à custa da imbecilização do povo. Não importa que os petistas saibam que as privatizações fizeram um bem aos brasileiros, como reconhece o deputado federal José Guimarães no relatórioque preparou CONTRA a reestatização da Vale; ou que Dilma Rousseff assuste a gente simplória pendurando em seu adversário o bicho-papão da privatização para na semana seguinte ela mesma privatizar os aeroportos; ou que o Partido tenha acabado de reintegrar como herói um dos operadores do maior esquema de corrupção da República. Os petistas sabem que o eleitorado adestrado pelo MEC vai engolir qualquer coisa que eles digam.

***

Mais sobre doutrinação em sala de aula no Escola Sem Partido.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Realismo Socialista - Parte 1

Por Conde LOPPEUX DE LA VILLANUEVA

Eis aqui as imagens chocantes da mais absurda tirania da história humana! Não é o "realismo socialista" da propaganda mentirosa dos comunistas! É o realismo nu e cru do comunismo, quando ele é impostos na prática. Meias palavras bastam para desprezar tamanha tirania e ódio ao ser humano! No entanto, os crimes comunistas foram ignorados, sem nunca terem sido recordados.

1.O início do pesadelo: revolução russa de 1917.


A cena ao lado é a tomada do Palácio do Inverno, pelos bolchevistas, em 1917, ocasião em que se iniciou uma das mais sanguinárias ditaduras que se há notícia na história humana. Na verdade, essa foto não é real: é uma montagem dapropaganda comunista, no sentido de exaltar o golpe de Estado de outubro que derrubou a Duma, o parlamento russo e instaurou o regime totalitário. Nove décadas depois, este sistema deixou um rastro de mortes e destruição sem precedentes na memória da humanidade. E ainda é vangloriada como um modelo a ser seguido. Mas este é o problema: a humanidade não tem idéia da memória das atrocidades comunistas. É dever de todo homem de bem combater o comunismo!

2.O regime mostra sua face: começam os assassinatos em massa.

A assustadora cena foi tirada em Kiev, na Ucrânia, em 1919, quando cadáveres foram "desovados", depois que a Tcheka, a polícia política soviética, massacrou centenas de cidadãos inocentes e abandonou seus corpos. Era o início do Terror Vermelho. Categorias inteiras consideradas "reacionárias", "burguesas", "contra-revolucionárias", foram dizimadas pelos bolcheviques: comerciantes, profissionais liberais, intelectuais, empresários, estudantes, camponeses, oficiais do exército, nobres e mesmo qualquer um que se opusesse ao frenesi de violência ilimitada do regime. A única culpa desses cidadãos, na consciência perversa de Lênin e seus asseclas, era a de pertencerem a uma "classe inimiga".

2.1.Os bolchevistas atacam a Estônia - 1919

Em Walk, na Estônia, bolcheviques executam centenas de reféns entre as "elites" da cidade, para intimidar, saquear e aterrorizar a população civil. Posteriormente, a Estônia, junto com outras repúblicas bálticas, será vítima de grandes deportações em massa e extermínio de sua população civil, pelo regime de Stalin, quando da invasão do país, em 1940, pouco antes do pacto de aliança da União Soviética com Hitler.

2.3 O bolchevismo aterroriza a Polônia e a Hungria.


Como o apoio de Lênin, em 1919, os comunistas húngaros tomam o poder, e, seguindo a lógica criminosa dos bolcheviques, impõem o terror em massa. Na foto mais acima, o líder comunista húngaro Bela Kun, junto com seus camaradas, segura uma vítima torturada como troféu, a título de exposição. Décadas depois, Bela Kun será assassinado por Stalin, vítima do Grande Terror, nos expurgos do Partido Comunista de 1936 a 1938. Em outra foto, abaixo, militantes comunistas húngaros vangloriando-se com sua vítima torturada e morta.

Carteira de identidade de um agente da "Tcheka", abreviação de Vetcheka, antiga polícia política soviética, na época da revolução russa. A Tcheka foi responsável por centenas de milhares de mortes sumárias na guerra civil de 1917-1921. Durante toda sua história, seu nome foi modificado para GPU, NKVD e mais recentemente, KGB. Ela foi precursora dos assassinatos em massa e deportações de populações inteiras na época de Stálin e uma das organizadoras do sistema de campos soviéticos, o chamado Arquipélago Gulag.

Orcha, Rússia, 1918. Depois de inúmeras torturas, um oficial do exército polonês é pendurado em uma árvore e empalado vivo por soldados do exército vermelho. Vê-se na foto, uma estaca introduzida no ânus da vítima. Dois anos depois, Lênin envia tropas soviéticas para invadir a Polônia, sofrendo uma flagorosa derrota do patriótico exército polonês. A propaganda comunista não surtiu efeito entre os poloneses, que viam na expansão do bolchevismo, não somente como o terror em massa, como também a perda da soberania tão buscada contra o domínio do Império Russo. Em 1939, a Polônia seria o palco das piores atrocidades totalitárias: esmagada pelos nazistas a oeste, e pelos russos, a leste, sentirá o extermínio de uma boa parte de sua população civil e, depois da guerra, as amarras da tirania soviética, só desbaratada, a partir dos anos 80.

2.4. De pé, ó vítimas da fome. . .a Grande Fome de 1921-1922.


Lênin, a partir de 1919, iniciara uma política de confisco de grãos dos camponeses, que gradualmente levaria uma crise de fome em massa na população. A tentativa de planificar a economia, através do controle de distribuição de alimentos, mediante apropriação forçada dos grãos dos camponeses, a fim de abastecer as cidades, gerou não somente revolta e uma feroz guerra civil no campo, como uma diminuição gradual da produção de cereais na Rússia. Os camponeses foram proibidos de vender livremente seus excedentes e os bolchevistas, exigindo cotas de produção acima das possibilidades do campo, empobreceu-os radicalmente, gerando escassez de alimentos. Os bolchevistas, através de uma incrível violência, torturando, matando e saqueando os agricultores, não somente confiscavam tudo que o camponês tinha, como não poupavam nem os grãos guardados para a o replantio de novas safras agrícolas. As regiões mais ricas da Rússia, como Tambov e outros arredores de Moscou, outrora grandes exportadores de cereais, por volta de 1920, ameaçava perecer pela fome. Os comissários da Tcheka, em memorandos direcionados a Lênin e Molotov, relatavam a incapacidade dos camponeses de oferecer seus grãos, já que não somente o campo tinha se desestabilizado, como simplesmente a produção agrícola decaído. No entanto, sabendo dessas informações, Lênin radicalizou o processo, obrigando cada vez mais os camponeses a darem suas cotas de produção onde eles não existiam mais. Antonov-Ovsenko, em uma carta sincera a um correligionário do partido, dizia que as exigências bolcheviques para a agricultura, em milhões de puds de cereais, eram tão além das expectativas da população, que ela simplesmente morreria de fome. E, de fato, foi o que ocorreu. Por volta de 1921 e 1922, 30 milhões de russos foram atingidos por uma crise de fome monstruosa, prontos a perecerem. O país caiu num caos completo. Rebeliões explodiam por todo a Rússia e arredores. Os marinheiros de Kronstadt se amotinaram e fizeram alianças com os camponeses insurretos e esfomeados. E a fúria da população era tanta, que os "comissários do povo" perdiam o controle de várias cidades russas, já que eram massacrados pela turba enraivecida. Numa dessas cidades, os grãos de alimentos confiscados apodreciam na estação ferroviária, enquanto a população morrendo de fome, enfrentando os tiros dados pelos soldados do exército vermelho, saqueavam tudo quanto viam. Enquanto isso, nas florestas da Rússia e Ucrânia, exércitos inteiros de camponeses atacavam os bolchevistas por arapucas.

Alguns intelectuais russos, com grande notoriedade mundial, reuniram-se numa comissão, para pedir a Lênin, que pressionasse, no sentido de ajuda internacional às vítimas da fome. Á primeira vista, o regime bolchevista não ficou interessado na história, porém, com a pressão da opinião pública internacional assistindo a tragédia do país, eles foram obrigados a conceder. Em parte por pressão internacional e, em parte, para pacificar o país esfomeado. Lênin fez concessões com relação ao confisco de alimentos. Todavia, reprimiu implacavelmente as revoltas camponesas. Fuzilamentos sumários de centenas de milhares de pessoas, assassinatos de famílias inteiras, deportações para os recém-construídos campos de concentração, e mesmo o uso de gás venenoso contra os agricultores rebelados, foram as variadas formas com que os bolcheviques esmagaram a resistência no campo. Quando a Cruz Vermelha e a ARA, Association Relief Association, norte-americana, trouxeram mantimentos, alimentando 11 milhões de pessoas por dia, já era um pouco tarde: cinco milhões já tinham perecido pela fome. Se não fosse a ajuda internacional e, em particular, a ajuda americana, com o apoio logístico do exército dos Eua, mais pessoas morreriam. Quanto a situação se pacificou, os bolchevistas prenderam os intelectuais russos que pediram a ajuda internacional, com a desculpa de que o regime soviético não queria concorrentes. Só não foram fuzilados, por causa, mais uma vez, da pressão pública internacional, e o regime soviético os expulsou do país com a roupa do corpo. A fome russa foi uma das maiores tragédias da história do século XX. Uma parte da população esformeada simplesmente foi reduzida ao canibalismo. Dizia-se que os camponeses famélicos arrancavam o fígado dos cadáveres para fazer patês e vender no mercado. Relatórios da Tcheka, a polícia política soviética, como algumas fotos, retratam esse estado de penúria, sem contar as famílias deportadas para a Sibéria, que definhavam pelo frio. Viam-se milhões de cadáveres espalhados pelo país, uma boa parte, de crianças. Algumas delas são retratadas em várias fotos chocantes, raquíticas, nuas, sujas, abandonadas.

Ucrânia, 1920: os bolchevistas exigem mais cotas de cereais aos camponeses, impagáveis para a safra insuficiente de grãos, e causam uma rebelião em massa e uma nova guerra civil. Kharkov, uma das cidades outrora mais ricas da Ucrânia, é subjugada pelo terror vermelho. Cadáveres abandonados de civis fuzilados pelos comunistas.

Esta foto foi tirada nos arredores de São Peterburgo, um pouco antes da Grande Fome de 1921, denunciando as condições monstruosas de vida do povo russo. O casal de camponeses simplesmente se alimentara dos dejetos do cadáver, incluindo, a cabeça do morto. Ademais, no auge da grande fome, canibalismo foi relativamente comum como meio de sobrevivência da população. Isso precederia os anos sombrios de Stalin, quando a coletivização forçada na agricultura, entre 1929 e 1932, gerou uma nova onda de fom e repressão política, matando outros milhões de civis soviéticos.

Crianças camponesas famintas, Rússia, 1921.


Os reflexos da Grande Fome do Volga, 1921: cadáveres das vítimas da fome, abandonados ao ar livre.


Cadáveres de crianças russas, vítimas da fome - 1921-1922.


A American Relief Association, junto com o exército americano, ajuda as vítimas da fome de 1921. Cerca de 11 milhões de pessoas foram alimentadas por conta de organização, salvando milhões de vidas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Nada de sagrado - para a Esquerda, todo texto é "vivo"

Dennis Prager: National Review, 11 de janeiro de 2011
Original: Nothing Sacred - For the Left, every text is ‘living’
Tradução: Dextra


Uma série de porta-vozes bem conhecidos da Esquerda têm expressado reservas, não só sobre a decisão republicana de fazer membros do Congresso -- tanto republicanos quanto democratas -- lerem a Constituição em voz alta, mas também sobre a veneração americana à Constituição.

Três exemplos:

Em uma recente participação na MSNBC, Ezra Klein, colunista do Washington Post, disse: "O problema com a Constituição é que o texto é confuso, porque foi escrito há mais de cem anos atrás e o que as pessoas acreditam que ela diz varia de pessoa para pessoa."

Joy Behar perguntou a seus convidados no Headline News, da CNN, "Vocês acham que esta adoração à Constituição está saíndo do controle?"

O deputado democrata por Nova Iorque Jerrold Nadler se queixou de que "eles estão lendo ela [a Constituição] como um texto sagrado."

O que tanto incomoda o Sr. Klein, a Sra. Behar e o deputado Nadler?

A resposta é que para o esquerdismo -- embora não necessariamente para todo indivíduo que se considera esquerdista -- não há textos sagrados. Os dois maiores exemplos são a Constituição e a Bíblia.

Não se pode entender a Esquerda sem entender isto. O rebaixamento do sagrado, em geral, e dos textos sagrados, em particular, está no centro do pensamento esquerdista.

A razão é que a elevação de qualquer padrão, religião ou texto ao nível do sagrado significa que eles estão acima do indivíduo. Portanto, aquilo em que um indivíduo ou mesmo sociedade qualquer acredita é de importância secundária para o que se julga sagrado. Se, para citar o exemplo mais óbvio, se a Bíblia for sagrada, então eu tenho que venerá-la mais do que venero a meus próprios sentimentos, na avaliação do que é certo e errado.

Mas para a Esquerda, o que é certo e errado são determinados pelos sentimentos de cada indivíduo, não por algo acima dele.

Esta é uma das grandes razões pela qual a Esquerda, desde Karl Marx, se opõe tanto à religião judaico-cristã. Para o Judaísmo e o Cristianismo, Deus e a Bíblia estão acima do ego. Na verdade, a civilização Ocidental foi construída sobre a idéia de que o indivíduo e a sociedade respondem moralmente a Deus e às exigências morais daquele livro. Esta, aliás, era a perspectiva de cada um dos Pais Fundadores, mesmo de deístas como Thomas Jefferson e Benjamin Franklin.

Isto é inteiramente inaceitável para a Esquerda. Como Marx e Engels disseram, "O Homem é Deus e Deus é o Homem." Portanto, a sociedade deve se livrar do sagrado, ou seja, Deus e a Bíblia. Aí, cada um de nós (seja a sociedade, o partido ou o judiciário) toma o lugar de Deus e da Bíblia.

A moralidade, então, não é mais um fato objetivo colocado por Deus; ela se torna uma opinião subjetiva criada por homens. E não se precisa mais de consultar uma fonte externa para se distinguir o certo do errado, só o próprio coração. Então, não respondemos mais a Deus pelas transgressões, só a nós mesmos.

É por isto que quando a Esquerda vem com a conversa de Deus, trata-se normalmente do "Deus que está dentro de cada um de nós," não de um Deus externo (e muito menos superior) a nós, como o Judaísmo e o Cristianismo sempre pensaram.

Isto explica a crença universalmente encampada pela Esquerda de que a Constituição é um "texto em evolução," querendo com dizer com isto que ela diz o que qualquer um (na Esquerda) quiser que ela diga. Os conservadores, por outro lado, não compartilham deste ponto de vista. Eles não acreditam que a Constituição têm algo a dizer sobre tudo em que eles acreditam. Enquanto que a Esquerda vê o direito ao aborto na Constituição (porque a Esquerda acredita no direito ao aborto), os que se opõe ao aborto não acreditam que a Constituição proíbe o aborto. Eles acreditam que a Constituição não se pronuncia sobre o assunto. Justamente porque a Direita acredita, sim, que a Constituição deve ser tratada como um texto sagrado, ela não afirma que tudo o que ela apoia está na Constituição ou que tudo ao que ela se opõe é inconstitucional.

Há indivíduos humildes e arrogantes na Direita e na Esquerda. Mas não há arrogância como a arrogância esquerdista. Se a pessoa tem uma posição esquerdista, ela acha que é mais inteligente, sábia e moral não só do que os conservadores, mas também do que a Bíblia, a Constituição e do que todo mundo que viveu antes dela.

O casamento entre pessoas do mesmo sexo é um exemplo perfeito disto. O fato de que nem Moisés nem os Profetas hebreus, nem Jesus, nem Buda, nem qualquer grande pensador secular jamais tenha advogado a definição do casamento como ocorrendo entre membros do mesmo sexo não faz com que a Esquerda repense sua defesa do casamento entre pessoas do mesmo sexo; isto apenas prova para eles o quanto eles são moralmente superiores a Moisés, Jesus, os Profetas e todo mundo que viveu antes deles.

É por isto que precisamos tratar a Constituição como um texto sagrado. Porque a questão é: se não for tratada como sagrada, ela não é nada mais do que o que qualquer um acredita a respeito de qualquer questão social. O que é precisamente o que a Esquerda quer que ela seja -- desde, é claro, que o "qualquer um" seja um esquerdista.

Para a Esquerda, não há textos sagrados. Só há sentimentos (esquerdistas) sagrados.

— Dennis Prager é apresentador de talk-show e colunista sindicalizado nacionalmente. Ele pode ser contatado através de seu site, dennisprager.com.

Fonte: Dextra

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Dilma manda tirar Bíblia e crucifixo do gabinete

[Nota: Meu comentário estará após o excelente texto do prof. Luis Cavalcante]




Autor: Prof. Luiz Cavalcante

(O que isto significa na prática? - grifo do editor do blog)


O que temos na reportagem abaixo é apenas o reconhecimento e a comprovação daquilo que é notório e conhecimento de todos:

- Cristão não deve votar em partidos comunistas, socialistas e de esquerda;

- A esquerda é promotora de princípios contrários as Sagradas Escrituras como o ABORTO, PEDOFILIA, HOMOSSEXUALISMO e DIVÓRCIO;

- A esquerda estimula via pedogogia construtivista e neo-construivista o relativismo ético, moral, e são contrário aos princípios absolutos históricos, principalmente os princípios cristãos da família;

- O que temos não é um ESTADO LAICO, pelo contrário; ser laico é a defesa da separação do Estado e Igreja e não de princípios. Não queremos um Estado Presbiteriano ou qualquer denominação cristã ou religiosa, porém, ninguém governa com neutralidade, não existe pensamento neutro. O que temos na atitude da presidente é a prática de uma crença religiosa que renega e despreza qualquer pensamento cristão, se eles pudessem, eliminariam tudo que é cristão e implantaria uma sociedade baseada em valores maquiavélicos de Sodoma e Gomorra. O que temos no Brasil é um Estado com resquícios de cristianismo na sua cultura, sendo trocado por um Estado que valoriza a imoralidade, o niilismo e caos moral e glorifica o consumismo-hedonista;

- A esquerda não acredita em verdade, em ser humano de caráter e com moral, eles acreditam somente no princípio maquiavélico e diabólico de que os meios justificam o fim. Todas as suas prefeiuras e organismos do Estado é sucateado e inchado de funcionários fantasmas e comissionados politiqueiros;

- Em 2012 não podemos votar, nem eleger, nenhum vereador e prefeito ou fazer aliança política com os imorais do PT e da esquerda, eles tem usado toda a estrutura política e jurídica do Estado para serem inimigos dos valores cristãos e implementar uma cosmovisão anti-Deus e Anti-Cristo.

- Precisamos urgente que a Igreja de Cristo possa reagir, precisamos urgente de um Partido Político Cristão, Reformado e Calvinista de Fato, não pode ser de forma alguma arminiano, porque, são os "evangélicos armenianos romanizados e candombletizados" da Igreja Universal ou Mundial do Reino do Dinheiro e Igreja Internacional da Casa da Moeda junto com os e/ou pseudos-evangélicos armenianos dos "apóstolos e apóstolas da teologia da prosperidade, mais, os neo-pentecostais liberais da água branca e betesdizado e suas filiais, responsáveis pelo enfraquecido da MENSAGEM DA CRUZ em prol de um evangelho barato e materialista em uma sociedade doente por consumo;

Prof. Luis Cavalcante
Membro do ICER - Instituto de Cultura e Educação Reformada e da Opus Reformata ( http://opusreformata.blogspot.com/ )
Fonte: Blog do Luis Cavalcante

MEU COMENTÁRIO:
Conhecendo o PT, Lula e sua cúpula, o que se pode esperar de alguém como a Dilma, a presidente? Quem já sequestrou, trocou tiros com a polícia, assaltou bancos, torturou, o que pode faltar-lhe no curriculum? Praticamente todos os crimes condenados em todos os tempos pela moral, o bom-senso e viver social foram praticados por ela, e ela somente está aqui porque há pouco mais de trinta nos, o governo brasileiro produziu a Lei de Anistia, que permitiu que criminosos como Dilma, José Dirceu, José Genóino, Gabeira e tantos outros participassem da vida política do país, como se não tivessem feito nada, como se tudo não tivesse passado de uma brincadeira inconsequente.
Antes eu também acha delírio a idéia de que o comunismo está batendo nas portas do Brasil, assim como bateu nas portas da Venezuela e Bolívia. Antes eu acreditava que o povo brasileiro não permitiria que se chegasse a esse ponto; e de que instituições como a OAB e o Exército não se curvariam diante de tal ameaça. Antes eu acreditava que o Lula seria mais um presidente entre tantos que logo seria esquecido. Antes eu acreditava que o Brasil era um país diferente, e de que o comunismo era coisa do passado; algo tão retrógrado, obsoleto e inútil que ninguém pudesse mais lhe dar crédito. Antes eu acreditava que a igreja se oporia a ele, mas esqueci-me de que no Nazismo [o irmão cosanguineo do comunismo] boa parte da igreja não viu as ameaçãs, nem se importou, antes até mesmo se aliou a ele. Antes eu acreditava que o homem moderno não poderia se vender por um prato de arroz e feijão, e de que não se importasse de dar seus filhos para a "lavagem cerebral" ideológica, mas eles mesmos, os pais, tiveram as mentes lavadas pelo marxismo. Antes eu cria, hoje não creio mais. Pois o que está diante de nós é um futuro intensamente negro, trevas como não se viram em outra época no país. E a Bíblia e o crucifixo fora do gabinete da presidente apenas revelam que ela não quer nada que lhe traga à lembrança o que se chama consciência, e da qual ela preteriu ainda jovem quando se tornou guerrilheira.
Infelizmente, é isso que nos espera. Um país que teve um analfabeto como presidente, e agora tem uma guerrilheira ocupando o mesmo posto não dá para levar a sério. Somente as mentes doentes e a purgarem o ódio podem se aproveitarem dos homens para destrui-los.
No final, ninguém saberá como tudo isso começou, nem quando foi o começo, porque os comunistas são sempre rápidos em apagar a história.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Bolsonaro e Kit Gay: "Governo quer incentivar seu filho ao homossexualismo"

Para quem acredita na inocência do governo do PT, seja de Lula ou da Dilma, e do PL 122, em suas boas intenções para com a sociedade, aí está a prova do que andam arquitetando à revelia da opinião pública, que já deu provas de não aceitar esse tipo de projeto. O que estão fazendo é impor sobre um país nitidamente cristão (ainda que o seja nominalmente) uma nova religião, cujo o centro... bem... seria, digamos, o ânus. Estão cultuando e idolatrando uma prática minoritária, que subjugará o comportamento da maioria ao padrão de poucos. Estão criando uma casta privilegiada, intocável, toda-poderosa, que tornará o cidadão comum e normal um refém da imoralidade (se o homossexualismo fosse algo natural não haveria a humanidade, pois em si mesma é uma ideologia/filosofia autodestrutiva; o que revela e deixa patente a sua não-naturalidade, e a define claramente como uma perversão à ordem natural).

Mas o objetivo marxista não é outro senão criar o caos social e, a partir dele, instituir a ditadura comunista, para então, sujeitar heteros e homos ao poder controlador e tirânico do "deus" Estado. E quem não se enquadrar e se encaixar em seu ideário, seja hetero ou homo, será simplesmente colocado à margem da sociedade, o que vale dizer, trabalho em campos de concentração ou a morte.

E parece que poucos são capazes de ver o monstro se desenvolvendo, se alimentando e prestes a consumir o pouco que ainda resta de Deus no homem natural.

Leia o texto abaixo escrito no "Quebrando o Encanto do Neoateísmo". As evidências já são provas.

Fernando Isidoro

==========================================================BOLSONARO E KIT GAY: "GOVERNO QUER INCENTIVAR SEU FILHO AO HOMOSSEXUALISMO"
O deputado Jair Bolosonaro fez, durante um dos seus últimos discursos na Câmera, uma denúncia gravíssima.

Serão enviados para 6.000 escolas públicas em todo o Brasil DVDs com episódios dando APOIO ao comportamento homossexual e o demonstrando como um modelo, violando diretamente a consciência da maior parte da população (que é cristã).

Tal plano – que só pode ser definido como maléfico em essência – reflete os dois principais objetivos dos movimentos gays (apoiados por esquerdistas e humanistas, é claro):

  • criar uma atmosfera social que proiba QUALQUER tipo de crítica ao comportamento homossexual (que será mais sagrado que qualquer religião);, seja legalmente ou seja por rejeição;
  • estimular POSITIVAMENTE a adoção de práticas homossexuais,;

E o método usado para isso será a doutrinação pelas armas dadas do ESTADO (pois eles devem imaginar que indo no povão diretamente, nenhum pai iria permitir isso), minando a moral particular dos pais, o que é simplesmente absurdo e viola os preceitos mais básicos do Direito.

E o pior: com DINHEIRO PÚBLICO.

Quer mostrar vídeo de homossexualismo para seu filho?

Ótimo.

Mas compre VOCÊ. E não me obrigue a pagar, nem obrigue meu filho a ver algo tão esdrúxulo.

Mas agora, além de protestar contra esse fato, nós temos que entender como foi possível ele surgir – como se legitima intelectualmente a desvio de orçamento público para a produção de vídeos desse tipo?.

Não podemos subestimar o poder de influências das idéias.

Há 50 anos, qualquer pessoa ficaria louca com um vídeo de relações homossexuais sendo distribuidos para menininhos.

Hoje, as pessoas acham lindo e maravilhoso e quem é contra é tachado de nazista, fascista e daí para baixo (o que já mostra que eles não sabem nada de conservadorismo….).

Isso está baseado, é claro, na idéia de “superação do homem” (ou “homem antecipado”) e do “Estado pedagogo.

Podemos fazer uma busca histórica começando em Jean Jacques Rousseau, o filósofo iluminista (que, na verdade, não passava de um doente mental crente na existência de uma operação continental para destruí-lo posta em prática desde os seus 14 anos, com a coordenação da governanta da casa onde morou e de David Hume, além de ser um mestre na arte da auto-promoção).

Reproduzo, então, um trecho do livro Intelectuais, do historiador britânico Paul Johnson para começarmos a entender esse filósofo nos parágrafos abaixo.

Leiam e eu volto em seguida com a análise:

O Estado de Rousseau não é apenas autoritário: é também totalitário, uma vez que regula todos os aspectos da atividade humana, inclusive o pensamento.Submetido ao contrato social, o indivíduo seria obrigado a “se alienar de si, juntamente com todos os seus direitos, em prol do conjunto da comunidade” (i.e., o Estado). Rousseau afirmava que esse era um conflito interminável entre o egoísmo natural do homem e seus deveres sociais, entre o Homem e o Cidadão. E isso o fazia infeliz. A função do contrato social e do Estado que viria como consequência dele era fazer o homem novamente inteiro: “Faça do homem uma unidade e você lhe dará a maior felicidade que ele pode sentir. Entregue-o inteiramente ao Estado ou deixe-o inteiramente só. Mas se você dividir seu coração, você o rasgará em duas partes”. Devemos, por conseguinte, tratar cidadãos como filhos e controlar sua criação e seus pensamentos, incutindo “a lei social no fundo de seus corações”. Eles se tornam “homens sociais por natureza e cidadãos por vocação; serão uma unidade, serão bons, felizes e sua felicidade será a da República”.

Esse procedimento pressupunha uma submissão total. (…) O Estado, nesse sentido, seria o “o dono dos homens e das suas forças” e controlaria cada aspecto da vida econômica e social… (…)

É claro que Rousseau acreditava verdadeiramente que esse tipo de Estado só seria alcançado quando o povo estivesse pronto para aceitá-lo. Ele não chegou a usar a expressão “lavagem cerebral”, mas escreveu: “Aqueles que controlam as opiniões de um povo, controlam as ações desse povo.” Esse controle é estabelecido tratando os cidadãos, desde a infância, como filhos do Estado, educados para ver si próprios somente em relação ao Corpo do Estado.” “Por não terem autonomia em relação ao Estado, eles nada farão que não seja pelo Estado. Este terá tudo o que eles têm e será tudo que eles são.” Mais uma vez, isso antecipada adoutrina fascisita principal de Mussolini: “Tudo dentro do Estado, nada fora do Estado e nada contra o Estado.”

Desse modo, o processo educacional era o segredo para o êxito de uma organização social necessária para tornar o Estado aceitável e bem-sucedida; o eixo das idéias de Rousseau era o cidação como filho e o Estado como os pais, e ele insistiu em que o governo devia ter responsabilidade total pela educação de todos os filhos.

Por isso – e essa foi a verdadeira revolução que as idéias de Rousseau causaram – deslocou o processo político para o próprio centro da existência humana, transformando o legislador, que também é pedagogo, em um novo Messias capaz de solucionar todos os problemas humanos uma vez que cria o Novo Homem. “Tudo”, escreveu ele, “no fundo, tem relação com a política”. A virtude é consequência de um bom governo. “Os vícios se devem menos ao homem do que ao homem sujeito a um mau governo.” O processo político e o novo tipo de Estado que ele faz surgir são os principais remédios para os males da humanidade. Desse modo, Rousseau traçou o plano para as principais fraudes e loucuras do século XX."

(Fonte: Paul Johnson, Os Intelectuais, ed. Imago, pág. 36-37)

Aí vemos todos os principais postulados humanistas “sociais” colocados em prática:

  • coletivismo;
  • crença no “novo homem” ou “homem antecipado”;
  • existência de um conjunto de valores que deve ser dado pelos homens do Estado para “superar” o passado;
  • proibição da ensino em casa, deixando tudo em órgãos que são controlados (direta ou indiretamente) pelo Estado e seus ideólogos;

Essas idéias foram passando de geração em geração, sendo recicladas por outros picaretas anti-cristãos como Karl Marx e seus seguidores culturais, até…. chegar por aqui.

Os documentos do MEC deixam claro qual é o papel da educação pública: o governo deve “construir novas formas de subjetividade” nas crianças, rompendo “dominações religiosas e etárias”.

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Link: Resolução 5 de 17/12/2009, http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=13556&Itemid=956

Como falei no artigo em que originalmente analisei esse documento do MEC: a idéia de “construção de novas subjetividades” demonstra qual o entendimento dos elaboradores da proposta. A sociedade e a estrutura familiar tradicional direcionam o homem para a degeneração – afinal, se existe a “nova” subjetividade, isso significa que existe uma antiga presente no meio social (que provêm das famílias, pois essa é a outra fonte de educação, além dos colégios) que é reprovável e deve ser superada. E se é a escola que tem que providenciar essa nova subjetividade, signfica que a família não é ou não está sendo capaz de fazê-lo.

A idéia de “superar dominação etária e religiosa” também é bastante peculiar: como já mencionei, tal fato só pode significar que alguns valores religiosos não são tão bons assim e a autoridade natural dos pais sobre os filhos (“dominação etária”) não legitima por completo o ensino desses valores.

Os valores corretos serão aqueles decididos pelos professores e pelos burocratas do Estado. Que, curiosamente, são os valores que eles usam para legitimar sua permanência no governo e suas doutrinas políticas.

Existem duas maneiras de conseguir o poder.

Uma é usando da força bruta diretamente. Outra é convencendo as pessoas de que a sua doutrina é a correta.

E qual o melhor meio para isso do que centralizando diretrizes e propostas com a desculpa de “bom mocismo” ou “politicamente correto” na a escola pública, que deveria ser neutra?

Dá para entender perfeitamente a intenção de quem executa esses atos de controle e mais controle – ganhar poder. O blog do Luciano resumiu de forma quase perfeita os motivos para o ataque maciço da esquerda do Estado inchado e humanista contra os valores cristãos. Seriam eles:

  • 1. Para implementar governos com estados inchados, é preciso de uma confiança no homem, que é alimentada por todas as crenças humanistas e esquerdistas.
  • 2. A religião cristã influencia no ceticismo sadio contra as ambições humanas de controlar as vidas dos outros, pois é uma crença que difunde a fé em Deus JUNTAMENTE com ceticismo em relação ao homem.
  • 3. Quanto mais aumenta a influência da religião, mais difícil fica a vida dos líderes políticos que querem ganhar dinheiro através dos estados inchados (sejam esses políticos adeptos da social democracia, marxismo ou liberalismo social) – com isso entendemos a irritação dos esquerdistas com a religião.
  • 4. Por sua influência anti-esquerdista e anti-humanista, a religião passa a ser combatida por esses grupos de esquerda para que ela tenha sua influência reduzida, exatamente para facilitar a ação desses adeptos do estado inchado (isso também pode ser comprovado pelo fato de ser impossível ver humanistas votando em políticos conservadores).
  • 5. Estrategicamente, o movimento gay recebe o apoio dos dois grupos (humanistas e esquerdistas), que tentarão tornar qualquer crítica aos gays como um ato de “homofobia”. Obtém-se aí o pretexto para criar no senso comum a idéia de que o homossexual não poderá ser criticado.
  • 6. Só que religiosos de orientação cristã defendem a família tradicional e condenam não só o ato homossexual como o sexo promíscuo. Se a crítica ao homossexualismo é proibida, então a prática religiosa pode ser criminalizada, e isso é TUDO que os esquerdistas/humanistas querem.

Bingo.

Luciano acertou em cheio.

Como disse Rousseau, “Aqueles que controlam as opiniões de um povo, controlam as ações desse povo”. E, tendo os valores cristãos de forma geral na jogada, como controlá-los via humanismo?

A maioria aqui deve estar acostumado a ouvir a expressão “separação entre Igreja e Estado”.

Mas só isso não é suficiente. Temos que separar TUDO que for possível do Estado. Sendo ele o detentor legítimo do uso da coerção e da força e tendo o poder de doutrinar os alunos em humanismo e esquerdismo antirreligiosos, por que não o faria?

Ah, você acha que “as pessoas vão ficar mais conscientes e não querer tirar sua casquinha”? Sinto muito. Se você pensa isso, então já caiu no jogo deles de “novo homem”. Não há motivos para achar que a natureza vá mudar e a crença em Deus nos ensina a NÃO confiar no homem.

Temos que fazer uma limpa e “desinfectar” o ensino público dessas idéias, além de pleitear o direito aohomeschooling, que é URGENTE.

E o papel do ensino em cataqueses e escolas dominicais está cada vez mais FUNDAMENTAL para combater a tirania humanista, que quer simplesmente limpar qualquer traço de moral cristã (a “nova subjetividade” com fim das “relações de dominação religiosa e etária”) que não seja útil politicamente para eles .

Vá agora mesmo participar, nos moldes do que eu pedi nesse post (Meios para se iniciar uma reação cultural), de centros de influência ou abrir seu blog para protestar contra esses fatos.

Bem, eu gostaria de escrever mais, mas agora tenho trabalho a cumprir.

Afinal, dinheiro não surge do nada.

Alguém tem que gerar riqueza para bancar os parasitas que criam esses DVDs e Kit Gays distribuidos pelo Estado.

Vou lá, enquanto o governo aproveita seu poder de força para explorar a minha produção e me impor a colaboração em projetos anti-religiosos como esse Kit-Gay.

Seria essa a “mais-valia” da doutrinação homossexual nas escolas públicas?

Se for, não há problemas.

Sendo para o Estado, e contra o Cristianismo, tudo vale, não é mesmo?

O importante é criar “novas subjetividades”….

FONTE: A postagem original pode ser lida no Quebrando o encanto do neoateísmo