sábado, 29 de agosto de 2009

Filmes Esquerdistas: Beleza Americana

Cena de 'Beleza Americana', exemplo de obra carregada de clichês politicamente corretos e esquerdistas













Por Felipe Atxa

A
crítica de cinema – e em particular a brasileira, que tal como o brasileiro em geral adora exagerar em tudo que é ruim – costuma espernear e dar gritinhos de horror quando imagina se deparar com um filme cujo conteúdo (o enredo em si) ou a mensagem (a “lição final” que se tira do enredo) parece “direitista” ou “conservador”. Mas faz que não vê e aplaude quando acontece o contrário, e o filme é construído com maior ou menor engenho como genuína propaganda esquerdista.

Pensando nisso o Mídia@Mais traz, a partir de hoje, uma série de indicações de filmes cujo discurso ideológico é notadamente determinado pela visão esquerdista de mundo. Será um autêntico festival de correção política, antiamericanismo, indulgência ao banditismo em suas mais variadas formas, glorificação do coletivismo e do globalismo asséptico e pacifista, entre outros temas recorrentes.

É importante perceber que, por trás desses filmes recheados de discurso enviesado, estão alguns dos mais talentosos profissionais de cinema do mundo – embora a serviço de um programa ideológico claro. A qualidade da maioria desses filmes, contudo, é o que torna tão importante descortinar suas reais intenções, a força com que influenciam a platéia e o engenho com que divulgam tais idéias.
1.Beleza Americana (American Beauty, 1999, dirigido por Sam Mendes)
TEMAS: american way of life, EUA, subúrbio, classe média, trabalho, família, casamento, militar
VEJA TAMBÉM: “Foi apenas um sonho” (http://www.adorocinema.com/filmes/foi-apenas-um-sonho/foi-apenas-um-sonho.asp), do mesmo diretor, repete alguns dos temas de “Beleza Americana” num recorte mais trágico. Mas o subúrbio, a família e o trabalho continuam lá, compondo o “tripé amaldiçoado” da sociedade americana – para quem vê o filme, nada pode ser pior.
COMENTÁRIO: Se fosse um mau filme, “Beleza Americana” seria condenado pelo esquematismo e pelo artificialismo com que constrói a trama. Mas é exatamente esse rigor formal que faz dele um exemplo fascinante da técnica cinematográfica de Hollywood usada para dar vida ao ideal esquerdista de sociedade. Tal como uma recriação moderna dos filmes de propaganda célebres do início do cinema (usados pelos regimes totalitários comunista e nazista), “Beleza Americana” tem a força do discurso dos filmes de Eisenstein e a beleza plástica dos dirigidos por Leni Riefenstahl.
O filme condena a família, o casamento, o trabalho, ao estigma da anormalidade. Profissões são doenças das quais os personagens precisam se curar.
O único que tem um trabalho não-degradante, na visão do filme, é o dublê de traficante e cineasta. Seu pai é um ex-militar violento que se revela homossexual enrustido.
O ideal de felicidade, contudo, reside na casa ao lado, ocupada pelo unidimensional casal de gays. Até a colegial liberada (protótipo da “loira burra e vulgar” tipicamente americana e que, simbolicamente, dá título ao filme) é uma hipócrita e reprimida sexual. Em “Beleza Americana”, não há escapatória para o burguês americano em busca de sucesso pessoal a não ser a morte – obviamente ocasionada por arma de fogo.

FONTE: Mídia@Mais

sábado, 15 de agosto de 2009

Análise do livro A Linguagem de Deus



Por Jorge Fernandes*

LIVRO: A LINGUAGEM DE DEUS
AUTOR: FRANCIS S. COLLINS (Diretor do Projeto Genoma)
EDITORA: GENTE

IMPRESSÕES:
· A linguagem narrativa do autor: O texto é de fácil compreensão, mesmo para quem, como eu, não é versado em ciência, o que é uma grande vantagem.
· Idéia geral: Defesa do darwinismo, a despeito do título e subtítulo afirmar um encontro com Deus. Na verdade, o deus dele é Darwin, e como tal, ele escreve sobre “A linguagem de ‘seu’ deus”.
· Conceito: O autor defende com “unhas e dentes” o darwinismo, usando Deus como um “mote”, um subterfúgio para atingir os cristãos incautos e outros religiosos.
· Erro imperdoável: Francis Collins fala sempre de um Deus genérico, procurando agradar a “gregos e troianos”. Como evangélico, ele em momento algum cita o Senhor Jesus Cristo como Deus, ou refere-se a Ele como Deus. Chega a usar o termo Verbo, presente em João 1:1, como sinônimo para Deus, sendo que o termo é usado exclusivamente para definir a 2 ª pessoa da Trindade: Jesus Cristo.
Fica clara a intenção e o desejo de “converter” ao seu deus, tanto cristãos como mulçumanos, budistas, agnósticos e ateus.
· Definição em uma frase: Sem fé no evolucionismo é impossível agradar a “deus”.

COMENTÁRIOS:
O autor disseca bem a teoria darwinista, expondo-a quase sem deixar de tocar em nenhum dos seus pontos principais; sempre a defendê-la a todo custo, mesmo que seja injusto ou desleal com os seus opositores (o que não fica tão evidenciado por seu texto comedido, mesmo não disfarçando a virulência com que os combate).
A linguagem ao qual aborda é a da evolução, dos princípios traçados por Darwin, ao qual chama de um cientista irretocável, pois ao enunciar a sua teoria, anteviu descobertas que sequer podiam ser cogitadas à sua época (ainda que estas “descobertas” não passem de pura e simples especulação, embasada em evidências que fogem ao crivo da ciência, e perambulam pela filosofia, ou pela fé evolucionista).
· Os argumentos com que ele combate os opositores são a base para sua defesa. Ele chega a usar fatos históricos como o de Galileu x Igreja Católica, para justificar que a disputa entre ciência x religião (subentende-se: Darwinismo x Deus) sempre resultará na vitória da primeira. Ele joga todos os seus dardos inflamantes sobre os cristãos ortodoxos/fundamentalistas, ridicularizando-os (não se engane com a pretensa linguagem conciliatória. Francis Collins dispara todas as armas do seu arsenal, atirando a torto e a direito): o alvo dele é desacreditar a fé em Cristo Jesus, talvez, por isso, ele exclua-O do seu debate.
Suas evidências são meramente especulativas, muito mais filosóficas que científicas (apesar de “aparentarem” ciência), e é exatamente neste ponto que ele combate tanto criacionistas como proponentes do Inteligent Design (o que é certo para Collins, torna-se erro grotesco nos outros). Veja a avaliação que ele faz de cientistas como Henry Morris (criacionista), Michael Behe e William Dembski (I.D.), quase os chamando de ignorantes, despreparados, pseudocientistas (apesar de elogiá-los pela sinceridade e honestidade com que defendem suas posições; e aí, o aparente elogio reforça o desprezo acadêmico que nutre por eles).
Ao referir-se a Phillip Johnson usou para combatê-lo a mesma tática que discorreu durante todo o livro: defender Darwin a todo custo. Se ele pode fazê-lo, porque Johnson não (a afirmação de que Johnson não é cientista, mas ao propor o I.D. queria apenas e tão somente “defender” a Deus dos ataques evolucionistas)?
A sua base crítica é um emaranhado de suposições (ainda que tenham um apelo lógico), as quais fazem dele e de seus pares cientistas sérios (afirmado pela negação da seriedade nos outros), e comprometidos com a verdade, já que apenas eles a detém (ainda que afirme não ser possível ou capaz, e talvez nem o seja, definir sobre essas verdades. Ele crê que, provavelmente, o homem jamais saberá o que se passou na criação do universo e da humanidade; ainda que afirme haver evidências factuais para se acreditar e confiar no evolucionismo, o que é uma contradição).
· Outro ponto interessante é a convicção com que defende o evolucionismo, ao nível de “crença”, de fé em suas pressuposições. O que confirma que o seu deus não é o Deus Verdadeiro, o Deus Único, o qual se manifestou em total plenitude no Senhor Jesus Cristo, mas um embuste chamado Charles Darwin.
· Ao usar argumentos humanistas, liberais (ele crê no que se pode chamar de livre-arbítrio extremado), excludentes da Bíblia, afirma que a fé deve sempre estar condicionada à ciência, sem a qual não haverá “verdade” alguma. Para ele, a crença em conceitos que não sejam científicos, ou que estejam à margem das descobertas científicas, levará ao enfraquecimento, ao distanciamento da fé. Chega a citar ingenuamente, que uma fé errada na ciência, destruirá a fé em Deus, ou, pelo menos, a comprometerá. Mas de qual Deus ele fala? Do seu deus?
· Francis Collins, se pudesse assumir, escreveria: “Sem fé no evolucionismo é impossível agradar a deus”.
· A idéia dele é a de unir todos numa espécie de “ecumenismo científico” (tal qual a Igreja Católica deseja entre os cristãos, desde que seus dogmas e doutrinas sejam aceitas irrevogavelmente), levando todos a um só princípio, a um mesmo padrão, desde que seja o do naturalismo. E isso, se não for ditadura, está bem próxima de sê-lo.
· Ao propor o Biologos (evolucionismo teísta) ele parte para uma conclusão na argumentação de que ciência e fé devem e podem andar juntas. Elas não devem viver em constante embate. Mas se uma nega a outra, como harmonizá-las? A sua resposta é: diminuindo ou eliminando os pontos em que há discordância bíblica. Pois sempre ele irá contestar a veracidade da Bíblia, e jamais a credibilidade científica, ainda que ela seja especulativa e nada conclusiva. Gênesis 1-3, assume caráter meramente espiritual, poético ou moral, enquanto o Big-Bang, a seleção natural e a evolução são fatos plenamente críveis.

CONCLUSÃO:
· Acho esta busca do Francis Collins um equívoco total. Ele prega um Deus genérico, sendo muito mais um Deísta do que um Teísta (apesar de enganar bem como tal). O seu deus é Darwin e sua teoria. Não vê como a fé pode subsistir sem que a ciência a corrobore (mesmo não deixando explícito tal afirmação, ela se encontra subliminarmente exposta), e aquela se torna refém desta.
O livro questiona a Bíblia e os fatos ali narrados, e execra tanto criacionistas como os proponentes do I.D., ao afirmar que eles são subcientistas e pseudo-intelectuais; homens sinceros, é verdade, mas incompetentes e inaptos (perdoem-me o termo darwinista) para vislumbrar as “belezas e maravilhas” da verdade evolucionária.
Ao questionar a seriedade de cientistas, os quais não comungam com a sua visão evolucionista, ele os lança ao descrédito, desprezando-os como acadêmicos, colocando-se (ele e o seu grupo) como o único porta-voz da verdade, e baluartes da seriedade (ou competência). Deus deixa de ser o absoluto para que a sua prática científica (e eles mesmos) o seja (ainda que ele valide, teoricamente, a moral cristã e a busca de um deus, qualquer que seja ele).
· O que é fato em Francis Collins e o seu “A linguagem de Deus”: seu deus é de mentirinha.

FONTE: Kálamos
* Reproduzido com autorização do autor. Publicada originalmente sob o título "deus DE MENTIRINHA"